PSICOTERAPIA COM ADOLESCENTES
“O adolescente saudável é um pensador criativo e um investigador audaz, um autor determinado do seu destino e um actor corajoso da história pessoal que constrói. Todavia, a sua volubilidade expõe-no a toda a casta de sedutores-pervertores; e não faltam especialistas nesta arte de pesca e adestramento. (Coimbra de Matos, 2017, p.28).
O que conduz os pais ou os próprios adolescentes a procurar ajuda psicológica?
Dificuldades emocionais: Ansiedade, tristeza persistente, alterações de humor, sentimentos de solidão ou vazio.
Questões associadas à autoestima: Insegurança, dúvidas sobre o futuro, falta de confiança pessoal.
Questões associadas à identidade: Dificuldades na construção da identidade pessoal, social, cultural ou de género.
Questões associadas à sexualidade: Dúvidas e preocupações relacionadas com a orientação sexual ou vivências ligadas à descoberta da sexualidade.
Perturbação da imagem corporal: Insatisfação persistente com a aparência, distorção da perceção do corpo ou preocupações excessivas com características físicas.
Problemas escolares: Diminuição do rendimento escolar, desmotivação, absentismo, dificuldades de concentração ou comportamentos disruptivos.
Conflitos nas relações: Dificuldades de comunicação em casa, conflitos entre pais e filhos, isolamento social, bullying ou pressão dos pares.
Comportamentos de risco: Consumo de álcool ou outras substâncias, automutilação, comportamentos impulsivos ou desafiadores.
Situações de mudança ou crise: Divórcio dos pais, luto, mudança de escola ou cidade, doenças próprias ou familiares.
Sintomas físicos sem explicação médica: Dores de cabeça, problemas de sono, alterações de apetite ou fadiga frequente associados ao estado emocional.
Perturbações do comportamento alimentar: Preocupações excessivas com o corpo ou com o peso, restrição alimentar, episódios de compulsão ou outros padrões alimentares que possam afetar a saúde física e emocional.
“Não somos políticos, governantes ou ideólogos. Mas como técnicos de saúde mental temos uma palavra a dizer - já dita, a das preocupações fundamentadas. E temos alguma coisa a fazer:
Ajudar os jovens que nos procuram ou com quem convivemos a construírem valores que dêem sentido à sua existência e ideais pelos quais valha a pena lutar. Viver sem valores nem ideais é pastar erva e ruminar desgraças.
Procurar que os jovens conheçam/encontrem/descubram pessoas de referência que lhes sirvam de modelo.
Essencialmente, apoiá-los no seu percurso de auto-conhecimento, consciência reflexiva e desenvolvimento dos seus talentos e competências”. (Coimbra de Matos, 2017, p. 30).