PSICOTERAPIA COM ADULTOS

Escada branca ao lado de uma parede branca com sinalização de endereço e direção.

Para algumas pessoas, o processo psicoterapéutico é encarado como um espaço perigoso, onde se corre o risco de ficar preso ou de se tornar dependente. Medo de que nunca mais acabe. O medo de perder tudo o que se construiu até agora. O medo da mudança. Tantos receios que permeiam a decisão de iniciar uma psicoterapia. Eu sei…

Entre a postura passiva e a ativa, existe uma grande diferença. Às vezes, o risco de apostar no novo pode parecer elevado, até insuportável para alguns... A confiança no outro está quebrada, e é difícil acreditar que algo diferente possa surgir. Contudo, entre as recusas e as resistências, há outro caminho possível: bater à minha porta e eu abri-la, para que possamos, juntos, construir uma “intimidade partilhada”. Ninguém é obrigado ou forçado a permanecer. E, quem sabe, um dia, poderá até regressar?

O que sabemos é que a psicoterapia é um espaço e uma relação onde o sujeito poderá confrontar todos os seus medos, angústias e desencontros relacionais. Não, não se espera que a psicoterapia seja um lugar permanente, mas acredita-se que ela deixe uma marca no sujeito para sempre. Marca a esperança de um novo encontro. Marca a aposta do outro em si. Marca o nascimento da confiança no Outro. Marca a transformação, de dentro para fora.  Marca, no sentido de gravar impressões benignas no interior do sujeito. 

Não, não é suposto que a psicoterapia seja um aprisionamento. Pelo contrário, é esperado que, quando o vento soprar em direção à segurança em si e nos outros, acompanhado de um bem-estar subjetivo e da conquista de um amadurecimento pessoal - condições meteorológicas favoráveis a qualquer partida, chegue a hora de levantar o vôo.

A psicoterapia é o lugar de construir a liberdade individual.

Assinatura que diz 'Natália Dias' em letra cursiva